sexta-feira, 24 de abril de 2009

..recado de POTT para quem o quizer apanhar...


Só encontro a solidão nas  memórias dos sentidos.O real sobrepõe-se.
A natureza das coisas já não é a mesma,nem os cheiros estão no sítio onde estavam.
Apenas a Beleza delas perdura no limiar dos sentidos emocionais.Ainda bem que é assim.Se não,muitos queriam estar no mesmo sítio vezes sem conta.E na bagagem talvez levassem a estranheza dos seres que nada sabem ou sentem os odores que se espalham na atmosfera memorial do tempo...

POTT

5 comentários:

  1. Um Poema para Pott

    Uma folha de Outono
    perdida na imensidão
    são recordações sofridas
    rasgos de um coração

    Uma folha de Outono
    pintada das mais belas cores
    são recordações minhas
    de outros amores

    Uma folha de Outono
    caida no chão
    assim sou eu
    repleta de solidão

    Uma folha de Outono
    num galho presa
    restia de esperança
    em mim acesa

    Ramo de Outono Perdido
    Entre muitos encontrado
    serás sempre, por mim amado

    ResponderEliminar
  2. Das memórias...sou afecta... nem por isso escrava ou condenada...

    O que guardo vive...como uma música de fundo, suave suave...vai e vem com o solestício... passear a minha noite ou clarear o meu verso

    Da mágoa esmaecida...a serenar...no cristalino do rio...só o eco
    No bosque enluarado é o sonho que vagueia, o sonho de te amar indefinidamente...balançando trovas com duendes exortando cânticos... à brisa, que nos embranqueçe...os fios das horas
    a paixão

    Tomei o seu recado...apanhei-o na declinação
    do verso...que guardarei carinhosamente...

    ABRAÇO para POTT

    ResponderEliminar
  3. Então Pott?
    Já não contavas comigo,
    mas tu sabias que voltaria.
    Para ti, até os segredos da chuva se revelam,
    em ti, até os ventos se perdem... o mar, eu.
    Somos das terras sem terem lugar.

    B

    ResponderEliminar
  4. Memórias…

    A imagem e o título sugestivos para um livro meu… Tem tudo a ver comigo. Depois de ler o seu “recado”, escrevi:

    Tudo o que havia
    No momento incerto
    Era a cantiga do vento
    Rosa de luz
    Deixada encoberta
    Nos beirais da baía da semente.
    Tudo o que havia
    No perfume da ventania
    Era a doçura da fonte
    Do meu penar
    Que o vento cansado
    Baloiça à tona da areia…
    Tudo o que havia
    No murmúrio da água
    Era a esteira da ave de voo insensato.
    Tudo o mais… são histórias!..
    Despojos de algas nas linhas cruzadas
    Correndo, correndo
    E no mar
    Fazendo sonho das minhas memórias.

    Boa-noite, Pott!

    Graça

    ResponderEliminar
  5. Maria Clara...
    doce como sempre.
    Obrigado pelo poema

    Um beijo..
    POTT

    ResponderEliminar