Só encontro a solidão nas memórias dos sentidos.O real sobrepõe-se.
A natureza das coisas já não é a mesma,nem os cheiros estão no sítio onde estavam.
Apenas a Beleza delas perdura no limiar dos sentidos emocionais.Ainda bem que é assim.Se não,muitos queriam estar no mesmo sítio vezes sem conta.E na bagagem talvez levassem a estranheza dos seres que nada sabem ou sentem os odores que se espalham na atmosfera memorial do tempo...
POTT
Um Poema para Pott
ResponderEliminarUma folha de Outono
perdida na imensidão
são recordações sofridas
rasgos de um coração
Uma folha de Outono
pintada das mais belas cores
são recordações minhas
de outros amores
Uma folha de Outono
caida no chão
assim sou eu
repleta de solidão
Uma folha de Outono
num galho presa
restia de esperança
em mim acesa
Ramo de Outono Perdido
Entre muitos encontrado
serás sempre, por mim amado
Das memórias...sou afecta... nem por isso escrava ou condenada...
ResponderEliminarO que guardo vive...como uma música de fundo, suave suave...vai e vem com o solestício... passear a minha noite ou clarear o meu verso
Da mágoa esmaecida...a serenar...no cristalino do rio...só o eco
No bosque enluarado é o sonho que vagueia, o sonho de te amar indefinidamente...balançando trovas com duendes exortando cânticos... à brisa, que nos embranqueçe...os fios das horas
a paixão
Tomei o seu recado...apanhei-o na declinação
do verso...que guardarei carinhosamente...
ABRAÇO para POTT
Então Pott?
ResponderEliminarJá não contavas comigo,
mas tu sabias que voltaria.
Para ti, até os segredos da chuva se revelam,
em ti, até os ventos se perdem... o mar, eu.
Somos das terras sem terem lugar.
B
Memórias…
ResponderEliminarA imagem e o título sugestivos para um livro meu… Tem tudo a ver comigo. Depois de ler o seu “recado”, escrevi:
Tudo o que havia
No momento incerto
Era a cantiga do vento
Rosa de luz
Deixada encoberta
Nos beirais da baía da semente.
Tudo o que havia
No perfume da ventania
Era a doçura da fonte
Do meu penar
Que o vento cansado
Baloiça à tona da areia…
Tudo o que havia
No murmúrio da água
Era a esteira da ave de voo insensato.
Tudo o mais… são histórias!..
Despojos de algas nas linhas cruzadas
Correndo, correndo
E no mar
Fazendo sonho das minhas memórias.
Boa-noite, Pott!
Graça
Maria Clara...
ResponderEliminardoce como sempre.
Obrigado pelo poema
Um beijo..
POTT