Passa-se com os livros uma coisa semelhante ao que sucede com um novo conhecimento que travamos com alguém. Num primeiro momento experimentamos um profundo prazer em encontrar coincidências gerais de opinião ou ao sentirmo-nos tocados num aspecto importante da nossa existência. Só depois , quando o conhecimento se aprofunda, começam a surgir as diferenças.
Nessa altura o comportamento inteligente caracteriza-se pela capacidade de não retroceder imediatamente, como muitas vezes acontece na juventude, e de, pelo contrário, reter o que há de coincidente, enquanto se vão esclarecendo mutuamente todas as diferenças, sem se pretender chegar a acordo absoluto.
POTT
Querido POTT,venho aqui dessedentar-me sempre que posso mesmo que seja para revisitar filosofias anteriores, metáforas ou pensamentos Águas já levadas pela corrente... O que ficou da leitura inicial pode conter a essência mas cada nova leitura, revela novos contornos nova luz ou penumbra que deixamos sempre ficar velado...Ler é um exercício de descoberta um treino do raciocínio...um deleite dos sentidos um aperfeiçoamento do nosso eu interior A leitura aproxima-se do relacionamento com os outros, pelo que dizemos escrevendo, deixando a quem nos lê a tarefa de nos descobrir. Quem desiste,nem descobre nem se enriquece.O que diz amargo ou doce, teorizando ou comtemplando são passos que poderão alcançar aqui e ali cumplicidade mas que...nunca se abraçarão, se o desejar POTT
ResponderEliminarEste abraço que lhe deixo não precisa de tempo, receba-o já aberto.
Olá POTT
ResponderEliminarAdorei a sua apreciação sobre os livros bem como o primeiro comentário que ela mereceu e estou de acordo com a vossa “filosofia” sobre os mesmos. É um lugar-comum, gasto, estafado, dizer-se “que os livros são os nossos melhores amigos” mas nem por isso menos verdade. Julgo que poderia dispensar tudo o que tenho, materialmente falando, mas os meus velhos livros nunca! Quase já não tenho espaço para tantos mas eu não resisto e nem desisto. Curiosamente procuro mais aqueles que não foram premiados e nem sequer “badalados” e… quanta surpresa maravilhosa. A leitura de alguns é feita lentamente, ao compasso dos segundos, como se saboreasse um bom gelado num dia de verão… E já agora, em primeira mão: estou a escrever um livro! Não podia partir sem fazer um filho de ”palavras”… Se calhar não trarei nada de novo, a não ser a inocência dos pássaros, a frescura das manhãs, o silêncio das noites orvalhadas… mas, pelo menos, terei a coragem de não ceder à tentação de desistir. Pronto! Afinal a “feiticeira” tinha um segredo.
É o que dá viver num “carreiro mágico”…
Um abraço
Graça
Os livros são nossos amigos...
ResponderEliminarOs nossos amigos são como livros... uns que se lêem melhor, outros nem tanto...
Falas com muita sabedoria nessa comparação que fazes.
Saibamos conservar os amigos que vamos fazendo, apesar das diferenças e divergências que vão surgindo.
Bjs