sábado, 11 de abril de 2009
..as coisas que por vezes digo à minha amiga do carreiro mágico...
Porque é que quando abandonamos uma coisa ou uma pessoa,ou quando a coisa ou a pessoa nos abandona,continuamos a vê-la durante anos e anos como era no momento da separação?Por que motivo a nossa fantasia se recusa a acreditar que o homem envelhece,a cidade se transforma,a paisagem se renova e o cadaver se decompõe?
A fantasia não se sujeita a acompanhar a metamorfose das coisas longínquas que ainda amamos.
Se soubssemos imaginar a transformação das coisas distantes no espaço,não nos esporíamos tão frequentemente à desilusão do regresso e, em vez de voltarmos,era preferível sofrer desse esquesito mal que é a saudade.
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Viva Pott!
ResponderEliminarGosto muito do que escreves.
Diz-me por favor quem é a tua amiga do caminho mágico.
Eu conheço?
beijinhos
Caro Pott
ResponderEliminarTenho reparado que te referes muitas vezes a uma tal amiga que mora num carreiro mágico.
Pela primeira vez resolvi escrever uma mensagem somente para dizer duas coisas: primeiro,tenho quase a certeza da tua identidade ,ninguem mais fala desse modo,segundo,não vivo num carreiro mágico mas vivo num bosque encantado.
Um belo bruxedo para ti.
A Bruxa do Bosque
Olá!
ResponderEliminarNão sei quem és.Tanto podes ser a Madame Mim como a Magda Patológica.Conheço tantas bruxas que,como deves calcular,torna-se dificil identificar-te,até porque não sou bruxo.
Em relação à minha amiga do "carreiro",trata-se de uma feiticeira que vive,para já, envolvida em brumas,coisa que me fascina.
Por outro lado,prefiro feiticeiras a bruxas.
Raios e Coriscos para ti
Olá Pott
ResponderEliminarLindo o meu “carreiro mágico”… só podia! Rosa q.b. para uma sonhadora como eu!
O amor é lindo e não envelhece, já com as pessoas a história é outra… seguem o ciclo natural da vida, a não ser que seja como diz um amigo meu: “até prova em contrário, sou imortal”. Quanto à saudade é bom vivê-la e não dói. É preferível a ter que enfrentar fantasmas ou pisar palcos com cenários desfeitos onde a história já não seria a mesma. Por isso pensei neste blogue onde penso um Moçambique bonito e quero encontrar velhos (e novos) amigos que falem a mesma linguagem que eu. Para já há um “carreiro mágico” onde as palavras se encontram, se cruzam e se decifram… ou não.Com muita fantasia, pós de perlimpimpim e, como não podia deixar de ser, alguma magia. Não é bonito?
Aquele abraço.
Graça