sábado, 29 de agosto de 2009

...POTT...os bacocos..os pirosos...os babosos...e....


Bom dia!
Hoje estou irritado,e,para espanto de todos,vou falar das doenças da moda.Coisas que afinal,muitas vezes,nos passam despercebidas.
Os Traumas,as psicoses,as anorexias, e afins...
Será que há alguém que possa explicar a estes bacocos porque é que as ditas "doeças da moda" tiveram um "boom" de incidência tão elevada nos últimos anos? E porque raio é que na minha vida escolar, à muitos anos atrás nem um destes casos existia? Alguém explica a estes bacocos que à muitos anos atrás eu andava de bicicleta sem protecções, assim como todos os meus amigos, e nenhum pai era acusado de desleixado? Alguém explica a estes bacocos que eu à muitos anos atrás levava umas palmadas quando merecia e que nem por isso tive de recorrer a psicólogos e nem os meus pais foram acusados de maus tratos? Alguém explica a estes bacocos que quando os meus pais me diziam que NÃO, eu ficava amuado uns minutos, mas que não
desenvolvi nenhum tipo de trauma? Alguém explica a estes bacocos que agora resolvem tudo de formas imbecis e sem a menor noção do que andam cá a fazer, que no passado eu e os meus amigos jogávamos à bola na rua, corríamos, faziamos e inventavamos jogos deliciosos (que hoje são vistos como idiotices) e que ninguém passava mais do que o horário dos desenhos animados a ver televisão? E que ninguém por isso morreu ou ficou traumatizado?
Alguém explica a estes bacocos que chamam aos outros de animais, de não compreenderem as coisas, que afinal podem ser eles a estar a complicar a sua vida e a dos seus filhos e futuros pais que perpectuarão as maleitas do futuro? Será que alguém explica a estes bacocos e pouco sãos mentalmente que as suas políticas e projectos de vida têm prejudicado e posto em causa as gerações vindouras? Será que alguém pode explicar a estes bacocos que tudo o que os meus pais
fizeram foi tentar explicar-me a vida como ela é, ter noção do que eu fazia e dizia, dar-me amor e carinho, atenção e sempre com o coração nas mãos lá iam controlando os meus passos sem interferir directamente nas minhas actividades?Será que alguém pode explicar a estes bacocos estas coisas tão simples? É que eu estou farto de tentar e parecem mesmo bacocos...
Há que responsabilizar desde cedo quem, hoje em dia, nasce e cresce amparado por cima, por baixo, enfim, por todos os lados.
A sociedade babosa e permissiva que tudo faz para não os susceptibilizar ou contrariar, produto dos Sócrates desta vida (ou será o contrário?),vai começar a pagar caro tanta preocupação (fingida) inusitada, tanto cuidado extremo, em suma, tanta mariquice dos paizinhos pirosos,dos
progressistas baratos e outra escumalha que por aí prolifera.
Os miúdos estão a começar a sair de casa cada vez mais tarde, preguiçosos, acomodados e pouco preocupados em produzirem qualquer tipo de riqueza,se tal implicar demasiado esforço.
Se não começarem a adquirir desde já hábitos mínimos de sacrifício, então, preparemo-nos para toda uma geração de amorfos e afins.
Cada vez há mais trintões de barba rija que ainda cravam os pais para tabaco e preservativos e que cumprem horário de recolher.
Parece que não tem nada a ver, mas estas coisas andam todas ligadas.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

...POTT ..e a perda de folego....


Como nada de importante tenho para dizer vou falar de mim...
Desculpem se vos aborreço..........mas hoje apetece-me perder o folego....
Não sou grande coisa com números. Nem com frases-feitas. Nem com morais de história.
Gosto de coisas que me tirem o fôlego. Adoro o improvável. Desejo o quase impossível.
O meu coração é livre, mesmo amando . Tenho um ritmo que me complica.
Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Querem um bom desafio?
Experimentem gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Sou antipático(às vezes)
Mudo de humor conforme a lua.Irrito-me facilmente. Desinteresso-me à toa. Tenho o desassossego nos bolsos.
E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando a noite vai alta, eu viajo. E - sem saber -procuro respostas que
não encontro aqui. Ontem, perdi um sonho. E acordei aborrecido, logo eu que adoro sorrir... Mas não faz mal.
Boa mesmo, é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera,superamo-nos. E chegamos mais perto de sermos quem - na verdade - somos.....

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

..PoTT e a defesa das mulheres...


Muito bem!Como aqui já foi dito,porque constatado,o meu público é composto maioritariamente por mulheres.
Assim sendo, sinto-me na obrigação de fazer a sua defeza.
Por outro lado quero redimir-me por algumas,poucas,coisas que disse e que eventualmente venha a dizer em seu desabono.

Um daqueles estudos que para nada servem - mas cujos resultados gostamos sempre de saber - diz que, durante toda a sua vida, uma mulher perde (perde?!!) cerca de 687 dias a escolher a roupa que veste. Sim, aproximadamente dois anos. Mais conclui que os sábados e as sexta-feiras à noite são os piores dias de indecisão.
E então? Nada que nos possa surpreender. Gostam de se pôr bonitas, gostam de se adequar a cada ocasião, gostam de agradar a elas próprias, às outras e, claro, a nós, homens. Que mal tem isso? E se demoram uma eternidade a vestir, maquilhar, pentear, perfumar, etc., é porque dão por muito bem empregue esse tempo. E depois, convenhamos, não são só as mulheres que passam uma vida inteira entre o guarda-roupa e o espelho. Aliás, desconfio que haverá por aí muito homem que passa mais tempo a cuidar-se e a escolher a fatiota que a maioria das mulheres.
Acresce que o guarda-roupa feminino tem um sem fim de pormenores que um indíviduo do sexo masculino nem sonha. O que, regra geral, o tal indivíduo do sexo masculino sabe, é refilar à porta de casa pela demora adicional de 3 minutos e 48 segundos. Esquecem-se eles que podem enfiar uma camisa ou um pull over e umas quaisquer calças, sacudir o cabelo para o lado e... voilá! estão prontos para uma infinidade de ocasiões.
Não só é injusto que se tenham debruçado, apenas e só na mulher, e no tempo que esta dispende nessa árdua tarefa que é escolher a toilette para cada dia - deixando gentilmente os senhores de parte - como é redutor considerar que a Mulher é um ser imensamente vaidoso porque se preocupa com aquilo que veste. Como se a roupa fosse uma coisa dispensável e como se a forma como se apresentam não dissesse muito sobre elas.

Por isso, da próxima vez que uma mulher lhe provocar um atraso ou chegar com atraso, que tal olhar para ela de cima a baixo e perceber o porquê do mesmo? É que, a dever-se o atraso ao tempo que demorou a escolher a indumentária, o atraso pode muito bem ser-lhe imputado. Sim, a si!
Mulher é assim meus amigos.Mulher é mesmo igual a vaidade.

Não têm que agradecer mnhas queridas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

..POTT e o Cretino..............


Quero informar-vos que gosto de cretinos. Não, não é por piedade mas por apreço convicto.
Talvez com uma pontinha de malícia mas sem acinte nem ferrete. Uma (como dizer?) maneira
de tímida ternura.
Afinal – não é verdade? – o cretino é uma espécie humanóide altamente meritóriae multifacetada: vive conosco à mão de semear, conhecemo-lo das ruas, vemo-lo na TV,sentamo-nos com ele á mesa, lemo-lo nos jornais… Ele acompanhou
sempre nos mais expressos lugares a rude humanidade desde o fundo dos tempos, desde os primórdios da vida. À roda da fogueira lá nas épocas longínquas do período quaternário quando ainda não havia cretinices modernas (televisão, rádio parlamento…) podeis crer que já havia, embora hirsuto um ou outro "cretinus sapiens". E pelos tempos fora na idade dos ancestros da pré-história que seria dos inícios adequados da social organização sem um par de cretinos a adorná-la?
Seja na arte, na medicina ou na literatura nos ramos do saber que o mundo louva
ou demais regras e ofícios como poderiam os cretinos dispensar-se? Cretino foi, ao acaso
o tolo do Caim, ou o pobre do Job ou – na quadra das letras – o bom do Pinheiro Chagas
que teve a parvoíce de ser contemporâneo do Eça magricelas.
E nos domínios vicejantes da pintura o tremendo Bouguereau, que dizia de Cézanne
que este só fazia borradelas.
Enfim, nobres exemplos de douta cretinice. Pois o cretino é plural e em todo o lado sabe imiscuir-se.
(Aqui um aparte para os estudiosos de gabinete: não deve confundir-se o propriamente cretino, "cretinus boçalis", com
o pedaço-de-asno que, sendo semelhante – a olhares sem estética –claramente pertence a outra espécie cinegética.)
Na boa sociedade, naquilo a que se chama a melhor sociedade, a tal que se pauta por livros de etiqueta
escritos em geral por excelentes senhoras – às vezes excelentes cretinas –o patarata é um valor seguro: já pensaram
que seria das páginas sociais de afidalgados e mestres de obras das revistas côr de rosa
ou mesmo só de notáveis burgueses agregados sem um monte de cretinos e cretinas interessados em lhes saber da folha, em lhes saber dos fados?
A vida sem cretinos é como um lar sem pão, teatro sem enredo, jardim sem flores ou passarinhos (olhem que imagem cretina!),
como dizem as poetisas de arrabalde com vaporosa graça quase divina.
Numa recepção de Estado, no salão duma autarquia,numa cerimónia de homenagem a um que nada fez mas morreu tarde
ou demasiado cedo, co’os diabos do talento seja na capital ou na feliz província a presença de cretinos é uma jóia sem preço:
são os que convictamente mais aplaudem, sem maldade nem cálculo traiçoeiro ou gritam apoiado criando felicidade
no elenco inteiro ou mais valia, nas forças vivas da cidade.
(E em geral,por ironia do destinoo o rador habitual é que costuma ser, por sinal o maior cretino!)
Sim. Gosto de palonços. Ei-los que desfilam: na política,no professorado na "res publica" (que, como se sabe, significa coisa pública– dou o esclarecimento
não esteja algum cretino a ler-me) o palonço é fundamental.
Quem diz palonço diz palonça (explico já, não vá alguma feminista cretina pensar que a minha prosa a discrimina).
A cretinice pura é algo de adorável como tudo o que é puro:
um puro mel, um puro amor, uma pura doidice, uma pura miséria…
Mas para que o cretino seja esplêndido necessita de ambiente a condizer: bons ares e boas águas, está claro
mas também uma família recheada de atenções e de cuidados,ao velho estilo patriarcal, cultivando modelarmente
os sãos e pacientes cretinos valores. Não precisa, todavia de ser fundamentalista praticante desses conceitos sem mácula: ele
há tanto cretino oriundo de meios inconvencionais. Como o cacto, o cretino adapta-se a qualquer terreno, por mais incerto que seja!
Façamos-lhe justiça: o cretino, digamos, é como um livro aberto – o que ali está não engana. Por isso tantos cretinos, por serem senhores graves e
concentrados até chegam a ministros,a aceessores,a deputados.
(Também sucede que alguns no entanto nunca passam de porteiros…)
O cretino estimula as próprias artes, as próprias letras. Até a filosofia!
Lembremos as expressões "fenomenal cretino", "cretino piramidal", "cretino
apimentado","cretino até dizer basta". Enfim, altos jogos verbais como tudo o que o humano engenho inventa. Já houve quem dissesse que ele é como as castanhas: nem sempre as maiores são as mais saborosas!
Os cretinos rurais…citadinos…intermédios ,sociais, profissionais…
Os viandantes cretinos…
Enfim, não divaguemos!
Vou, então, terminar.Meter um ponto final antes que, impaciente o leitor inteligente me apode gentilmente de redundante ou, até, de chatarrão– espécie de parente maganão que também merece prosas!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

..o menino POTT....




Acho que sou criança. Vou crescer assim. Gosto de abraços apertados, sentir a alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. Acho graça ao que não faz sentido. Acho lindo o que não é. O simples faz-me rir, o complicado aborrece-me. O mundo para mim é grande, não entendo como moro num planeta que gira sem parar, nem como funciona o telemóvel. Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, o mundo continua a rodar, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, existem coisas que não precisam ser explicadas. (Pelo menos para mim).
O que importa é o que faz brilhar os meus olhos ,o meu sorriso saltar e o coração bater forte.
As pessoas são sempre grandes e às vezes pequenas, igual a uma Playstation.
Vejo o mundo sempre lindo e às vezes cinza, mas para isso existem os lápis-de-cor e o amor que aprendemos em casa desde cedo. Lembram-se?
Tenho um coração maior do que eu, nunca sei a minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que eu às vezes apago, rabisco, amarfanho e atiro para debaixo da cama (para descansar a alma e dormir sossegado).
Coragem tenho muita. Mas medos tenho poucos. Tenho medo de filmes de terror, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. A minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos entram e saem, nunca sei aonde fui parar. Mas uma coisa digo: eu não páro. Perco o rumo, esfolo os joelhos, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou.Pergunto sempre quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Pergunto sempre se vocês estão felizes, se estou bonito, se vou ganhar uma estrelinha, se posso leva-la para casa, se pode ficar para mim, se o café ficou forte demais. Eu sou assim. Nada de meias-palavras. Já mudei, já aprendi, já fiquei de castigo, já fui repreendido, já colei
chicletes debaixo da carteira da sala de aula, mas a palavra... é igual a uma oração: tem que ser inteira se não perde a força.
Sou um menino traquina, o menino POTT, sou uma criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequeno, não deixo de crescer. Trabalho como as pessoas grandes, fico sério e traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Beijo às escondidas, faço bico, tenho manhas, como gelados no pote,choro quando dói, choro quando não dói. E amo. Amo como criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Amo e invento. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Sem pudor.
Querem entender-me? Não é preciso. Querem amar-me? Dêm-me um chocolate, um
bilhete para o circo, um brinde que ganharam e não gostaram, uma mentira bonita para me fazer sonhar. Não importa. as crianças não ligam ao preço nem a laços de fitas coloridas e cartão impresso em relevo.
As criança gostam é de beijos, abraços e surpresas!....

domingo, 23 de agosto de 2009

o vazio de POTT....


Não deveria ter vindo aqui hoje e seguramente não há nada que tenha para dizer. Perguntar-me-ia alguém que me lesse, porque vim então dizê-lo assim, como se expressamente. Precisamente por isso, respondo eu, sem ter sequer interlocutor que me ouça: foi-se embora, deixando-me a falar sozinho.
Estava eu a explicar-me, ridículo como todos os que se explicam, e assim fiquei.

Os leitores destes meus escritos, e alguns poucos haverá, julgarão encontrar aqui, em cada um, um sentimento de que gostem relativamente a tudo que detestaram. Se for assim, e assim talvez seja, terão descoberto por esta forma e neste lugar o paradoxo essencial dos afectos: o ter-se de
encontrar o que amamos naquilo que detestamos.

E já agora,para os que ainda assomem à janela e consigam olhar para o céu, hoje há uma lua convidativa,não cheia ainda,mas prometedora, não circular,ainda não concêntrica ,mas a caminho, com o desejo, em trajecto angular à nossa noite.

POTT

.. POTT e o "Ranhoso"....








O Ranhoso,esse tipo de indivíduo de que falarei hoje, existe na sociedade actual em todo tipo de profissões, condições sociais, nível etário, horizonte intelectual. O "ranhoso", é das espécies mais difíceis de distinguir, quer pela sua forma dissimulada de interagir com o meio, quer pela vastidão do sorriso "simpático" que exibe. É por via desse sorriso que se torna um animal tão perigoso e difícil de antecipar nos comportamentos e nas relações com toda a gente que o rodeia. E não adianta procurar vislumbrar o humor mucoso das fossas nasais, vulgo ranho, porque o referido bicho se apresenta quase sempre limpo e asseado. Não falamos neste texto dos tradicionais
ranhosos de inverno, dos engripados, dos que sofrem de sinusite e outras afecções terminadas em "ite". Não é desses que falo aqui. O texto fala do "ranhoso" como uma personalidade contendo algo de traiçoeiro, oportunista, linguareiro. Ou seja, um ser misto. Neste caso um "três em um", mutante das piores castas, apto para sobreviver em todo tipo de ambientes hostis, da política à grande empresa, do funcionalismo público ao sector liberal. O "ranhoso" resulta do cruzamento da vontade de protagonismo e do lema de que os fins justificam os meios.
A História deixou-nos alguns exemplos emblemáticos de "ranhosos" célebres como Brutus e Judas. Em ambos os casos falamos de histórias antigas e distantes, mas, ninguém está livre de apanhar com um "ranhoso" pela frente. A versão mais comum e também menos perigosa é o
"ranhosito", subespécie portuguesa, sem polimento e mais óbvia.

Agora a pergunta é como reconhecer o "ranhoso"? Normalmente desconfie de alguém que concorda sempre consigo. Das três uma, ou essa pessoa não tem ideias próprias, ou está fascinada por si, ou pode ter pela proa um "ranhoso", bajulando-o, alimentando-lhe a confiança,
para depois ao virar as costas, libertar o "muco" pegajoso em forma de palavra sempre encapotada e cobarde. Uma das características do "ranhoso" é que não consegue ser frontal, ser honesto, arriscar uma opinião, ser sincero. A sua forma de ataque, baseia-se no constante jogar
à defesa, quando percepciona uma oportunidade, aproveita-se da tragédia, da desgraça, da distracção, para lançar veneno em forma de boato e ataca pelas costas. Também é comum ver o "ranhoso" disfarçado, aderindo a causas nobres, defendendo em chás de caridade o auxilio aos desfavorecidos, brilhando sobre as luzes da ribalta e tendo os seus quinze minutos de fama dizendo umas palavras. Engana-se quem pense que o "ranhoso" muda, está apenas à espera da sua oportunidade de fazer "ranhosice" em grande escala.

Não se pense porventura que o "ranhoso" é um animal solitário. De forma alguma se realizaria este ser, se não pudesse partilhar as suas intrigas, as suas mentiras, os seus acrescentos, as suas "facadelas", com outros que revelam igual ensejo. É comum encontrar "ranhosos" em matilha, em lugares mais ou menos públicos, porém é difícil a detecção . No meio de outros seres humanos, o "ranhoso" gregário adopta estratégias de sobrevivência em grupo e por momentos quase se convence a ele , e aos outros, de que não é um "ranhoso". A inveja é um sentimento também comum a este ser carregado de "virtudes". E é exactamente este sentimento que faz despoletar no "ranhoso" o seu labutar constante na intriga por becos e esquinas. O "ranhoso" é um malabarista das relações humanas, gosta de andar na corda bamba, delira com o equívoco
e com a história mal contada ou adivinhada. Baba-se pela novidade que logo a seguir distorce e aumenta na razão directa da sua personalidade mal talhada. O "ranhoso ", quando só, é um atirador furtivo, faz disparos que ninguém vê de onde vêm e depois aparece solidário para "auxiliar" a vítima .
É um amigão este "ranhoso", sempre pronto a estender o lenço e a enxugar as lágrimas de alguém que ele acabou de anonimamente ferir. Um necrófago não faria melhor......


sábado, 22 de agosto de 2009

..POTT e a história do Beijo......




O Beijo…
Este texto surge após a leitura de um artigo que constava numa revista brasileira.
Não pensem portanto que sou especializado na matéria.Por desconhecer muita coisa constante no referido artigo, resolvi escrever sobre o tema ,ou seja , sobre O Beijo...
A meu ver, e tentando resumir, acho que um beijo é um segredo que se diz na boca e não no ouvido.Ninguem me convence do contrário...

Mas que segredos se escondem no momento em que os lábios se encontram…?
Não se sabe como surgiu o primeiro beijo da humanidade… As referências mais antigas,segundo o tal artigo, aos beijos foram esculpidas por volta de 2.500 a.C. nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia.
Os romanos tinham 3 tipos de beijos: o "Basium", trocado entre conhecidos; o "Osculum",
dado apenas aos amigos íntimos; e o "Suavium", que era o beijo dos amantes. Os imperadores romanos permitiam que os nobres mais influentes beijassem os seus lábios,costume bizarro e pouco higiénico a meu ver, enquanto os menos importantes tinham de beijar as suas mãos,mais aceitável. Os súbditos podiam beijar apenas os seus pés,o que era uma porcaria!!!…
Além da História do Beijo e dos seus insondáveis segredos, existe também a química do Beijo,vejamos: quando duas pessoas se beijam, a hipófise, o tálamo e o hipotálamo,(juro que nunca tinha ouvido tais nomes), trabalham juntos na libertação de substâncias químicas designadas neurotransmissores.
Ocorre assim a “química do beijo”, caracterizada por uma certa inspiração, um tempêro entre os que se irão beijar.
Quando alguém se apaixona o organismo é atacado por várias substâncias,(quem diria?) dentre elas a feniletilamina. Uma simples troca de olhar, um aperto de mão ou beijo apaixonado podem desencadear a produção desta substância(é para verem!).
Há mais de 100 anos que os cientistas a estudam, não obstante, só recentemente é que Donald F. Klein e Michael Lebowitz,(tambem não conhecia) do Instituto Psiquiátrico de Nova Iorque estabeleceram a relação entre a feniletilamina e o amor, sugerindo que o cérebro de uma pessoa apaixonada contém grandes quantidades da mesma e que poderá ser a responsável, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.Ora bolas!.. assim estragam a beleza das coisas.
A dopamina também é um importante neurotransmissor que está intimamente relacionado com a emoção amorosa,o que é uma coisa horrivel. A euforia, a insónia, a perda de apetite, o pensamento obsessivo de quem ama, estão directamente relacionados com os níveis de dopamina, a qual mantém, por sua vez uma relação com as endorfinas, que são morfinas naturais fabricadas pelo cérebro, há muito designadas “drogas naturais do prazer”, quer seja o prazer sexual, quer seja o prazer da emoção amorosa.Tudo isto me desgosta como devem calcular...
O Beijo também está relacionado com os nossos sentidos, os “Sentidos do Beijo”…
Durante o beijo visualizamos a pessoa amada mais perto, sentimos o seu cheiro, sentimos o seu sabor e tocamos uma das partes mais sensíveis no nosso corpo: os lábios. Durante um beijo mobilizamos 29 músculos,acho um exagero, 17 dos quais são linguais. Os batimentos cardíacos podem aumentar de 70 para 150, melhorando a oxigenação do sangue.Desta parte já gosto mais.
Mas há um pormenor de suma importância, no beijo há uma considerável troca de substâncias, 9 miligramas de água, 0,7 decigramas de albumina, 0,8 miligramas de matérias gordurosas, 0,5 miligramas de sais minerais, sem mencionar as outras 18 substâncias orgânicas, cerca de 250 bactérias, e uma grande quantidade de vírus. Não há Beijo sem senão!…Já sabia que estes tipos tinham que estragar tudo.... .
Eis portanto aqui descritos alguns dos segredos do Beijo passíveis de ser explicados…

Todavia…,a meu ver, poderão existir Beijos salgados e Beijos doces dos mesmos lábios.
Há concerteza Beijos insípidos, Beijos que traem, Beijos que mentem…
Beijos que não nos fazem sentir beijados…
Beijos que não se entregam…
Beijos que cumprem o seu “horário beijador ou beija-dor”…
Há Beijos Indeléveis, Mágicos e Inefáveis…
Suaves… arrebatados… intensos… paulatinos… sensuais…
Então meus senhores?E a explicação para estes?
Pois aí vai:
O Beijo é como uma inspiração, uma dança de salão, quiçá uma Rumba? Um Tango? Uma Valsa? Será concerteza a dança do Beijo."
Esta parte é só da minha lavra.

Há beijos de Alma.(A propósito, aqui fica UM BEIJO.)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

..POTT ..e a vantagem de se ser estúpido...



A estupidez é um estado de graça: é um previlégio; é um dom divino:nasce-se estúpido como se nasce rei!O inteligente tem receios,dúvidas,reflexões: a dificuldade paralisa-o, a incerteza do sucesso desarma-o, o medo de falhar detem-no; o estúpido, ao contrário, não ollha a dificuldades, não mede distancias, não distingue o perigo: ousa, simplesmente; atira-se e chega! O inteligente julga que as próprias qualidades não bastam; e então para simular as inexistentes ou exagerar as que possui, torna-se amaneirado, artificioso: dá peso às coisas incorpóreas,como as ideias,e valor às coisas que não o têm, como as palavras.
Já o idiota é um simples, um instintivo: ama, deseja, toma, abandona.É feliz porque só vê o momento e não pensa no amanhã: o inteligente deprime-se pensando em quando o amor acabar e fala nisso e promete e exige promessas e tortura-se e quer saber porque é amado e como é amado,e o que a amante quis dizer com com certa palavra ou porque se lhe esquivou com certo gesto. E torna-se intolerável. O inteligente quando é abandonado, interroga-se: «Como viver sem ela?» O estúpido declara: «Que me importa! Amarei outra.» Abandonam em definitivo o inteligente,ao passo que voltam ao estúpido.
O inteligente é agitado pela dúvida, pelo cepticismo, pela incredulidade, que tem força centrifuga: afastam-se dele; o estúpido, não ;é vazio,fátuo,presunçoso, egocentrico: supõe-se o núcleo de um mundo em torno do qual o universo gravita; e as mulheres, sem o perceber,deixam-se arrastar na sua órbita.....

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

POTT e a escrita....


Antes de mais os meus agradecimentos à Bruxa do Bosque pelo seu comentário(exageradamente elogioso) à minha pessoa na mensagem anterior.
Um beijo para ti.
Já muitas pessoas me disserem que me exponho demais por aqui e outras até me insultaram em directo. Que não devia ser assim tão aberto, tão sincero, tão explícito no manejo das palavras,que tinha uma filosofia de electricista e por ai fora. Mas devo deixar claro que não me importo tanto com essa coisa de exposição. Nesta vida, gostando ou não, deliberadamente, sempre há gente que analisa ou pior,que julga a maneira como vivemos, pensamos, agimos, levamos a nossa vida, enfim... Se nos formos preocupar com esse tipo de coisas, nem conseguimos viver. Sim, é verdade. Na contramão da tal exposição, sou uma pessoa extremamente reservada e também anti-social, anti-chelique, anti-modinha, anti-multidão.Sou mesmo um tipo sem grande interesse. Mesmo, literalmente. Tenho verdadeira aversão a sorrisos amarelos, despidos de sentimentos, que nos dias de hoje andam fartos por aí para garantir um social perfeito.Sou um preguiçoso. Tenho preguiça-mór de programas do tipo "tem que ir" - "toda a gente vai". Como já uma vez disse aqui na "Filosofia",tenho uma grande estima pelas pessoas que não conheço .e por isso procuro não conhecer ninguem.Sinto-me a contragosto com as pessoas conhecidas de há pouco,e com as quais ainda não se formou aquele fundo de assuntos discutidos,de ideias exauridas,de questões superadas,que é a base da intimidade.
Esses chavões de promoters de meia tigela, essas cantatas puramente publicitárias não me convencem. Foi-se o tempo em que eu me sentia mal, em que me sentia out por não ter conseguido o convite para a festa do ano.Limito-me a quem eu gosto, a quem gosta de mim,a quem me paga e a quem acrescenta, de alguma maneira, coisas interessantes à minha vida. Limito-me aos lugares e programas com essência, que são capazes de me trazer prazer e paz.
O resto? É sempre o resto. Deixo para quem gosta e que, aliás, é tanta gente, certo? A verdade nada virtual é que pouquíssimas pessoas conhecem a minha vida, o meu quotidiano e o meu coração, mas aqui a história é outra... Antes de qualquer coisa a FILOSOFIA é um espaço aberto às pessoas que me entendem, onde trocamos idéias, ideais, questões, experiências e sentimentos. É lugar de comunhão, de troca, de amizade, de terapia em grupo. E sinceramente, não vejo modo de isso funcionar sem exposição, sem jogo aberto, limpo e com muita transparência (como acontece naturalmente desde o começo). Se eu for falso ao invés de sincero, reservado ao invés de explicito, adeus. Não consigo escrever de outra maneira que não desta que vocês conhecem, mesmo sendo reservado ou provocador, mesmo sabendo que essa
abertura que podem observar, é de certa maneira uma pura contradição.
Boa noite a todos...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

..as reclamações de POTT


Já pararam para pensar no quanto reclamamos da vida? Não? Nunca? Então parem, pensem e concordem comigo, nós reclamamos muito. Nem adianta torcer o nariz e armar em anjinho ou santinha para mim, vocês também reclamam e da mesma maneira, da mesma forma e das mesmas coisas que toda a gente.
É mais fácil, é mais confortável e comum para a maioria agir assim. Reclamamos do que temos, do que não temos, do que deixamos de ter e seguimos reclamando... Da vida, do emprego, da namorada (ou da falta dela), da família, dos amigos, do carro, do dia, da noite, da chuva, do sol, do corpo, do cabelo, do coração, enfim, de toda realidade que tenha um formato distinto do que desejamos.

Está certo, reclamar faz parte do jogo, mas isso deve ter um limite, não? Porque essa insatisfação contínua com a vida denuncia que o problema não é com o mundo, com as coisas ou com as outras pessoas. O problema é conosco. Tenho a sensação de que as pessoas estão com uma preguiça estúpida de ser, de agir e principalmente de lutar por um amanhã melhor custe o que custar - seja suor, sangue ou lágrimas, estou certo? Não importa, tudo o que sei é que aquela frase boa "estou em paz, feliz e realizado" anda longe, muito longe da boca do pessoal. E aqui entre nós, muito entre nós. Se a vida não está boa, a culpa é sua. Isso. Exclusivamente sua. Mesmo. Na cara. Sem desculpas. Sem delongas. Lei da selva, meus amigos. Vocês não são os únicos que estão cheios de problemas que vos esperam todos os dias quando chegam à empresa. Vocês não são os únicos que estão sem tempo para nada, na correria sinistra, com contas para pagar e ainda assim tendo que arranjar um espaço par o o seu coração pendurado no meio dessa confusão, porque ser sozinho também não é muito bom.
Vocês não são os escolhidos, essa é a verdade. Bem vindos à vida !!! É o meu discurso. Sinto muito. Lamento dizer ao invés de poupá-los, mas o que não está bom é um mal eterno e necessário à humanidade. Sempre existirão problemas, noites mal dormidas, imperfeições e bofetadas na cara. Fazer o quê?
O sal também é parte integrante do pacote, vocês queriam só chantilli? Utopia que se desfaz com o tempo. A vida é dura e temos mesmo que bater com a cara no chão muitas vezes para aprender a levantar, crescer, evoluir e lá no fim transformar-se numa pessoa melhor. É assim. Revolução. Evolução.

Hoje ouvi uma música do Blondie que não ouvia há muito tempo e ela fez-me viajar, voltar ao filme da vida e refletir, voar longe... Adoro esse processo.
Quanta coisa já se passou. Putzzz. Dá um livro fácil. Eu já vivi um mundo de coisas e tenho um mundo enorme e novo, desconhecido para viver ainda. ´
Entre altos e baixos, glórias e fracassos, eu estou aqui. Cheio de história pra trocar e dividir convosco, com os meus filhos e netos que nem encomendados foram. Há coisa melhor? Não. Definitivamente, não. Viver é a melhor coisa que existe. Por isso hoje tirei o dia para pendurar as reclamações e agradecer imensamente, profundamente e eternamente a todas as pessoas que foram e são parte da minha vida, inclusive as piores, parte do processo. Obrigado mesmo, de coração... Vocês são fantásticos e eu um tipo iluminado e privilegiado porque recebo todos os dias essa boa energia emanada por vocês.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

..a racionalidade de POTT......


Se por infelicidade o Tsunami acontecesse aqui, agora, com toda certeza eu não estaria sentado a escrever os meus excessos neste PC.
Muito provavelmente, seria esse o último texto,as minhas últimas letras,o meu último dizer ao mundo. Nesse exacto minuto dar-se-ia o último foco, o último respiro, a meu ultimo olhar na janela para avistar a paz que nasce na beleza do rio. Mas graças a Deus, o Tsunami não aconteceu aqui e com todo respeito e solidariedade por quem foi atingido, hoje ele significa apenas mais um lembrança, mais um episódio na memória, parte do passado.

Por muitas vezes, inconscientemente, cercamos os nossos dias com lembranças distantes de um tempo que passou... Factos. Pessoas. Lugares. Cheiros. Gostos. Músicas. Ora por uma saudade desmedida que engole o coração, outrora por pensar, equivocadamente, que fomos mais
felizes antes. Agarrados a chavões famosos tipo “podia ter sido”, “se eu não tivesse errado”, “eu jurava que era ela”,"bons tempos" amarramos o nosso presente num tempo inerte e falido. Refletimos, analisamos e relembramos gestos, passagens e palavras sem perceber que assim acorrentamos as nossas vidas num filme que passou. Num roteiro fechado e mórbido, não mutante. Onde não temos o mínimo poder de acção, onde entre começo, meio e fim não podemos mudar nada. Loucura? Pode até ser, e essa é a loucura mais normal e comum que eu conheço nesses tempos.

Não sei como isso funciona convosco, mas sempre achei um tanto irônico reencontrar pessoas que fizeram parte da minha vida. Não apenas pelas mudanças físicas, que deixam claro o quanto é cruel o tempo com quem não se cuida, mas essencialmente pela cabeça, pelo amadurecimento,
pela mudança de horizontes e conceitos. Quando numa cançao brasileira( Lulu Santos?) dizia "que tudo muda o tempo todo no mundo", ele tinha toda razão, tudo muda o tempo todo mesmo. Agora, tantos anos depois, tudo que queriamos ouvir foi dito. Agora, que já não sentimos nem mais uma gota de amor dentro do peito, a pessoa que eventualmente possa ter sido o amor da nossa vida consegue olhar na mesma direção que nós olhavamos. Agora, ela descobriu que ser do dia é bom e que as teorias e principios que ela tanto respeitava e um caixote de lixo não diferem em nada.
Agora, que tanto tempo se passou, ela entendeu que um relacionamento não é fácil, que ciúme não é amor - e que o tal do amor não se encontra em qualquer esquina. Agora? Agora, é tarde demais. Que me desculpe o ser humano que inventou a língua portuguesa, mais precisamente o pretérito perfeito, mas o verbo amar conjuga-se num só tempo, no presente. Amei, amou, amaste, amamos, amastes, amaram... Nada disso é amor.

Para si, que me pediu para falar de amor! Não foi? Não deu certo? Pense querida. Não era para ser! Acredite em mim, num futuro muito próximo você vai agradecer por não ter sido. Não se fique a questionar. Não se martirize. Não fique a debater-se nem a corroer-se como se o
mundo tivesse acabado. Não se questione como foi que a garrafa caiu agora que o leite se derramou. Não se crucifique. Não se culpe. E principalmente, não atire a lama do mundo pra cima de si. Eu concordo que em algumas horas não é fácil ser racional. Concordo que recordar
o passado é natural, acontece com todos nós. Infelizmente a nossa mente não saiu de fábrica com um DELETE para apagarmos todas as lembranças que não queremos ter. Mas assim como você e todas as outras pessoas que aqui vêm, eu também tenho um passado - e é ele mesmo que me prova todos os dias que foi melhor assim.
É no presente que a vida existe. É no presente que a vida acontece. Hoje. Aqui. Agora. Esta é a melhor hora de sermos felizes.
Fiquem bem e tenham júizo...

POTT

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

a influência do bom tempo sobre POTT...


Olá meus Amores!
O que se segue poderá parecer estranho dito por mim,mas que querem?...nestes ultimos dias transformei-me num dôce...deve ser do bom tempo...ou por estar a ficar velho...
Onde quer vocês estejam anotem o meu recado!
Precisamos de mais pessoas "idiotas" nesse mundo. Precisamos de mais gente "miando" frases de amor nas nossas muralhas antifurto.
Precisamos de casais a beijar-se debaixo de chuva, no meio da rua numa tarde qualquer.
Precisamos de mais romances melados, enfeitando as horas, colorindo o ar que respiramos. Precisamos de mais gentileza, de mais poesia e mais sinceridade.
Precisamos de mais crianças jorrando ternura, pureza e inocência nas nossas vidas. Precisamos sim. Precisamos mesmo. É para ontem.
Precisamos de mais arrepios, mais sentimentos e menos razão. Precisamos do olho no olho, do beijo e do abraço, de passear de mãos dadas ao domingo.
Precisamos de mais verdade e calor para mostrar aos verdadeiros idiotas desse mundo que são eles que estão na contramão, não nós.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

...........POTT e os outros tempos.........



Pois é...Para que negar o óbvio? Se o acto de nos apaixonarmos já foi bem mais fácil.

Noutros tempos, bastava certa beleza, digo uma pontinha de charme, nada dessa beleza perfeita que os mídia estampam nas nossas caras como quem diz: “Corpinho desenhado, barriguinha zero, olho colorido e cabelo liso, é básico! Não seja feliz com menos que isso!”. Não, nesse tempo
os mídia passavam longe de nós, longe da nossa vida graciosa, bonita e inocente. Nesse tempo, até os mídia eram mais dignos e menos vorazes, menos canibais. Longe do culto à perfeição, vivíamos as nossas vidas com sonhos gratuitos e realidades ainda mais gratuitas e tangíveis.
Bastava um olhar diferente, uma boca carnuda, um cheiro agradável, um beijo interminável. Bastava um sorriso sincero, um olhar mais demorado,meia dúzia de confidências e um sexo bom. Pronto! Apaixonávamo-nos. Mesmo. Perdidamente... Dispensando atestados de bom comportamento,certificados de procedência, classe social definida. Vivíamos de química, de corpo arrepiado, de êxtase... Química e ponto. Paixão e reticências.
Um dia foi assim.

Sim! Sentimos a falta disso. Sentimos falta de disritmia cardíaca, de frio na barriga, de descompasso generalizado pelo corpo. Sentimos falta de ter a cabeça vazia e o coração superlotado, coberto, transbordando sensações. Sentimos falta de escrever cartas, de comprar cartões na papelaria, de coisas muito simples. Sentimos falta de ficar ao telefone pendurados por horas e mais horas. Sentimos falta de acordar e dormir pensando em alguém que não nos oferecia nenhuma vantagem ou posição favorável, apenas doses deliciosas de um sentimento intenso e verdadeiro.
Sentimos falta daquela impulsividade adolescente - que nos deixava quase sempre - mais sempre que quase - apaixonados, completamente apaixonados uns pelos outros. Sentimos falta do tempo em que o nosso mundo era só emoção, onde os nossos corações não tinham nenhuma razão - e na verdade tinham toda. Sentimos falta do tempo em que pode e não pode eram bem mais do que um quadro humorístico e ainda sim, com todas as regras, éramos felizes e não sabíamos.
O tempo passou... A vida passou... E levou pelos ares a nossa adolescência, a nossa inocência, a nossa essência. Hoje os dias são menos coloridos, as noites mais frias e os domingos mais Televisão, infelizmente. Hoje a prática divorciou-se da teoria e na mesma intensidade em que o mundo inteiro quer alguém, nesse mesmo mundo inteiro ninguém é de ninguém. Contemporaneamente, inegavelmente, lamentavelmente, admitimos de braços cruzados e
corações partidos que paixão seja apenas o nome de um óleo de amêndoas e o amor, bem, nem me falem. O tempo passou. O tempo levou. O tempo, o vilão inventado, o bicho papão da modernidade, comeu.

Estamos cada vez mais cientes do caos e distantes de atitudes que o tirem de cena. Cada vez mais informados e armados contra eu nem sei bem o quê. Cada vez mais chatos, inflexíveis, exigentes e impacientes. Cada vez mais racionais e convictos de que isso é realmente algo que se pode chamar de vida. Cada dia achando-nos mais, preparando-nos mais, escondendo-nos mais de nós mesmos e do mundo. Querendo, clamando, exigindo chão e em troca oferecendo o vento, o nada, coelhinho da páscoa, Pai Natal. Hiperativos, super independentes, inteligentes e descolados, nessa modernidade que hasteia a bandeira da individualidade e do egoísmo – a mesma que segue semeando infelicidade.
Não, nós não queremos ser adolescentes. Queremos ser adultos e felizes, de acordo? Queremos amar e ao longo do dia, ter o prazer de presenciar mais gestos de amor. Queremos uniões mais fortes, relações mais saudáveis, sinceras e fiéis. Queremos um mundo mais gentil e honesto. Queremos leveza, sintonia, cumplicidade e parceria. Queremos menos emails, menos mensagens e mais abraços apertados e mais, muito mais beijos na boca. Queremos enfim, escrever um texto assim e não pensar que estamos loucos nem que estamos a pedir muito. Queremos amar porque o amor é a nossa bandeira. Porque para nós, o amor é básico.
Sonhem à vontade...






terça-feira, 11 de agosto de 2009

as conclusões tiradas por POTT durante uma conversa à luz da Lua com vista para o Rio....


Para que teorizar sobre estar só, se o antônimo da felicidade é apenas receber as respostas que não gostaríamos de ouvir?
Até que ponto os livros de auto-ajuda - que para mim soam apenas como metáforas enrrolativas - estão certos em incentivar que nós lutemos por aquilo que é desejado?
Eu, sinceramente, confundo-me em relação aos milhões de conselhos que são disparados na minha direção toda vez que me encontro confuso ou inseguro.São palpites de todo tipo, pessimistas ou positivistas ao extremo, sugestões que medem factores incontroláveis: tempo, espaço, sentimento... roleta, roleta russa emocional, explicitamente pontuada mediante o reportorio de vivências próprias de cada um.Idéias que sugerem a espera pelo 'destino', que dizem que as coisas são do jeito que têm que ser, afirmando que "o que é do homem, o bicho não
come.
Fora aqueles outros conselhos, estes dizem que é preciso tentar, fazer, agir. Afirmativas de que a atitude é tudo na vida e que nada vem de graça.
Tudo bem que, se conselho fosse bom, não se dava, vendia-se, mas nem conversando seriamente com meu próprio ego consigo saber para que lado devo andar.
As coisas são de facto como devem ser? Destino, glamour, beijo, solidão... Tudo acontece inevitavelmente ou de acordo com 'aquilo que plantamos'?
Teorias, teorias, teorias. Pra mim, há um excesso de falta de prática – neologismos e figuras de linguagem à parte.
Não sei até onde esperar, dar tempo ao tempo ou agir, impor-me, tornar as circunstâncias aliadas à busca incondicional - ou não - da felicidade.
Que cada um pensa de uma forma é muito óbvio e redundante citar, mas, faz parte do ser humano - ao menos tentar - filosofar, questionar, transmitir apelos racionais mediante a inconstância da vida.
Actualmente, eu não tenho encontrado nenhuma luzinha no final do túnel, a vida parece-me absolutamente genérica e instável. Não sei sobre o resto do mundo, mas pra mim - correndo atrás dos meus anseios, ou não - a coisa parece um comboio desgovernado, que hora se
reflete nas minhas ações, hora esparrama as últimas cartas na minha manga.
Não sei se sou apenas um menino a mais no mundo, não sei que nome eu daria a um filho, não sei o que vou almoçar amanhã, e muito menos sei segurar as lágrimas diante das emoções e de quem gosto. Sou só mais um, no meio de milhares, milhões. Não sei muito, ou talvez não saiba nada.Julgo entender apenas que o caminho da felicidade não é algo que permanece muito evidente. Cabe a mim, então, viver apenas, e atentar-me as raras chances onde tal caminho é apontado, seguindo a sua direção.
Conversando com uma amiga durante este fim de semana,cheguei à conclusão que mesmo não havendo exatidão nos passos, não há outra forma de viver, chegar o mais próximo possível da felicidade é a meta e os sorrisos esporádicos são o prêmio de consolação......



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

POTT,os Cogumelos e as Mulheres....


Dividir as mulheres em duas categorias,como os cogumelos comestiveis e os cogumelos venenosos,é um recurso de que me valho para examinar mais facilmente as mulheres venenosas; isto é,as que amam.Mas,falar da mulher que ama ainda é um erro,quase como falar
genéricamente da mulher.Os diletantes da filosofia,os auscultadores do coração humano que sentenciam genéricamente sobre a mulher,fazem-me pensar num quimico que, encarregado de proceder à análise do leite contido em cem garrafinhas diversas,despejasse o seu conteúdo
num panelão e fizesse uma análise unica.Cada mulher é um tipo particular,que não tem nada que ver com as outras.Direi mais:cada mulher em momentos diversos,é diversa de si mesma.Explico-me.Uma mulher pode ter-se entregue a dez mil machos,mas,se se recusa a ti,aí está uma
mulher que não se entrega; e mesmo que se tenha dado a outros por gentileza ou por cinco euros,ou por um copo de agua das pedras,tu empregarás em vão a tua energia, a tua arte,o teu dinheiro, a tua vida.Os homens têm feito mal examinando o passado das mulheres,ou com o fito de se torturarem,ou de se iludirem.Não é o passado das mulheres que importa,tão-pouco o futuro : é o presente.Não é aquilo que ela foi para os outros,mas aquilo que é para ti.Se foi para ti uma dificil conquista,não te iludas pensando que seja igualmente dificil para os outros.Acredita-me; não existem categorias de mulher; cada mulher encerra em si mesma dezenas de pequenas categorias.Uma mulher pode amar ao mesmo tempo vários homens,porque há homens que falam ao seu coração,outros ao seu cérebro,outros aos seus sentidos,outros à sua vaidade; é um engano crer na uniteralidade do seu temperamento. Os homens supõem que ela olha numa só direcção,isto é,para eles; ao cotrário,ela gira em torno de si mesma,como um farol.
O que tem vinte e cinco anos diz:«Não me pode enganar com aquele tipo maduro,de quarenta anos.»O sexagenário diz:«Não me pode enganar com aquele fedelho de dezoito anos,com aquele sensaborão de trinta.» Ingénuos! A mulher engana a todos; ao de vinte e cinco,ao de trinta,ao de sessenta, ao de dezoito....!







quarta-feira, 5 de agosto de 2009

..o Tempo eo Espaço...


Os homens são os mesmos no tempo e no espaço ; o francês é tão garganta como o americano,o alemão não é mais teimoso que o inglês, o grego é tão ladrão como turco,a mulher russa não desenvolve mais electridade que a espanhola; a rapariga de hoje é tão desejável como a de cinquenta anos atrás(desde que não seja a mesma).As rapariguinhas de hoje vestem roupas provocantes e escassas,que não as defendem das insídias ; as de antigamente andavam couraçadas,blindadas,calafetadas em tanta saia e camisa e corpinhos e cinturões,que um agressor não seria capaz de desapertar.Mas...a cumplicidade da própria vitima poupava-lhes todo o trabalho...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

...as análises de POTT...



Pensamos sempre que estamos certos, mas será que já olhamos o mesmo assunto por outro ponto de vista? Outro lado? Outro prisma? Outra luz?
Ao tomarmos conhecimento de algo, seja um facto ou uma ideia, somamos isso a tudo o que já temos guardado na mente: sentimentos, crenças, cultura,conhecimento lógico... por isso tantas interpretações sobre uma mesma coisa.
Uma discussão, um desentendimento ou uma opinião, na maioria das vezes não tem uma única razão, dando vez à parcimônia na decisão, ou seja, o mais provável. Mas isso quando se trata de algo extremamente importante, como na biologia e nas decisões jurídicas. Nas infindáveis picuinhas do dia-a-dia isso dificilmente se aplica, então ficamos ad aeternum a bater na mesma tecla.
Por que então defendemos com unhas e dentes um posicionamento sabendo que existem outras razões tão ou mais prováveis que a nossa?
Cada um tem o seu ponto de vista.
As coisas não são como são,mas como se olham:se, quando observamos «A Ceia» de Leonardo, não nos disserem:«Que cara de traidor tem o quarto acomeçar da esquerda!»,ficaremos sem saber qual daqueles será o Judas.Mas,apenas nos digam que é o Judas,notamos que,de facto,ele tem cara de patife.
Se eu disser que a espada está vazia de bainha,pensarão que a bainha é que está vazia de espada e que,por conseguinte ,eu me expresso com um guarda florestal.Mas,se a mesma frase fosse dita por Cícero nas «Orações a Marcelo»,os pedantes explicariam que esta figura é uma hipálage e citavam-na como um belo exemplo de frase clássica.
Um cidadão qualquer que cometa um crime de incesto pratica um acto imundo; mas, se esse cidadão se chama Édipo,o seu acto passa ser um episódio mitológico,e Ésquilo faz dele uma tragédia; se se chama Loth,o seu nome é imortalizado na Biblia e as suas porcarias contadas em todas as linguas,em todas as escolas do mundo.
Ir para a cama com a mulher de outro,pode ser literário,teatral,romântico ou humoristico; mas,se disso se ocupa o Procurador da República,converte-se num crime previsto no artº tal e previsto no Código Penal.

É verdade,o macaco já chegou............

sábado, 1 de agosto de 2009

....o Agosto e POTT.....


O Veraneante é o mais imponente exemplar de estupidez berrante que existe na natureza.Para encontrar alguma coisa semelhante,seria preciso ir busca-la a um asilo de débeis mentais ou a uma praia no dia 15 de Agosto.Quando um homem ou mulher de classe média(não falo dos aristocratas;esses têm um estilo e não há clima que o deforme)quando um burguês deixa a cidade para uma temporada de verão no campo ,esse improvisado retorno à terra desperta nele o bruto que duas ou três gerações vividas na cidade haviam disfarçado.Então,reencontrando-se no seu elemento natural,os instintos desencadeiam-se:enfia os sapatos mais acalcanhados do seu guarda- roupa,como se a salsa,as anémonas e as papoilas merecessem menos respeito que o asfalto das ruas;veste-se de selvagem com ultrajantes chapéus de cowboy e abomináveis t-shirts caviadas , lança de uma vertente para outra gritos inarticulados de péle-vermelha.
É de justiça reconhecer-se que o camponês dá provas de grande generosidade não envenenando as
aguas...